No último sábado, dia 25 de janeiro, o banimento do esporte do tenista brasileiro João Souza, conhecido como Feijão, acabou por evidenciar a fragilidade do esporte em relação a corrupção.

O atleta que chegou a ser o tenista número 1 do Brasil e já esteve na posição 69 do ranking mundial, foi descoberto manipulando resultados e vendendo seu desempenho em quadra.

Após um longo período de investigações realizada pelo Unidade de Integridade do Tênis, órgão anticorrupção da modalidade, ficou evidenciado que Feijão realmente manipulou vários jogos em torneios de menor pontuação e menores premiações, inclusive alguns disputados no Brasil.

Infelizmente casos como este não se limitam apenas ao tênis e já puderam ser descobertos em diversas modalidades.

Esta situação apenas reforça a necessidade imediata de intervenção e as entidades do mundo do esporte precisarão encontrar ferramentas para lhe darem com a realidade que saiu do universo político e acertou em cheio as quadras e os campos.

Em meio a cifras e contratos tão vultuosos, disseminar a cultura da integridade no mundo do esporte é um desafio preferencialmente para profissionais de Compliance que são capazes de levantar riscos de corrupção, monitorar, prevenir e trata-los com a devida expertise.

O fluxo do dinheiro no esporte ainda é mal administrado e por isto, cada vez mais se faz necessário aumentar os requisitos de conformidade e procedimentos de controles sobre determinadas transações e sobretudo estabelecer um trabalho de conscientização e transparência no esporte.

É preciso vigiar todas as modalidades e dar voz aos denunciantes por canais efetivos de denúncia, além de iniciar uma série de controles de um Programa de Integridade efetivo para conter desvios e fraudes característicos deste universo.

Vigiar o esporte e oferecer uma gestão preocupada com Compliance e Governança são as ferramentas disponíveis para as entidades esportivas combaterem a corrupção e prezarem por sua reputação.

Compliance para estes casos trará sustentabilidade aos negócios do esporte, eficiência dos controles, atração de talentos, investidores e patrocinadores, controle dos riscos, oportunidades de parcerias, gestão da reputação da entidade e manutenção da reputação daqueles que não estiverem envolvidos em práticas de corrupção.

O caso do tenista Feijão veio apenas acender um alerta vermelho sobre a necessidade iminente de mudança no esporte, pois não há mais como contar com condutas ilibadas se não houver um trabalho forte de conscientização e aculturamento da integridade e da ética em todas as relações.

Portanto, somente com o Compliance as modalidades esportivas poderão ganhar o jogo contra a corrupção.

Fonte: Thalita Ribeiro – Sócia e Diretora da Compliance Control